Já habituada a essa decisão impertinente, continuei a vasculhar procurando por algo que me pudesse fazer feliz.
Não falo em amor, pois decerto que só traria uma mágoa maior à minha vida. Falo num passatempo, num momento, num sorriso …
Como um sonho de menina …
Choro pela necessidade fatal de uma amizade a sério, pela falta de um carinho na face e pelas palavras de conforto que muitas vezes preciso.
Não digo que estou só no mundo, mas considero a solidão como uma parte integrante da minha vida.
Sou muitas vezes abalada pelo terror emocional do “se” e do “porquê”.
E se ?
Mas porquê ?
São perguntas constantes, impertinentes e aborrecidas. Não deveriam constar nas nossas bocas, e muito menos na curta vida que temos.
Mas continuei a procurar como se nada mais interessasse.
Fazem-me falta momentos felizes, com a sua intriga e mistério e que me apaixonem sem deixar a memória de uma lágrima.
Estou demasiado farta das vidas banais que por certo já apaixonaram muita gente, mas que a mim não comovem nem deixam vontade de viver.
Talvez um dia, a qualquer hora, ou qualquer instante apareça a oportunidade que anseio para uma vida perfeita ou simplesmente melhor …
Gabriela Silva 8ºB