segunda-feira, 25 de maio de 2009

Procura...

Imagem retirada da net

À medida que a luz brilhava, deixando a réstia de esperança que eu precisava, eu caminhava por entre passos silenciosos e inquietantes como quem espera pela mão de alguém, mas que na verdade nunca virá!


Já habituada a essa decisão impertinente, continuei a vasculhar procurando por algo que me pudesse fazer feliz.


Não falo em amor, pois decerto que só traria uma mágoa maior à minha vida. Falo num passatempo, num momento, num sorriso …


Como um sonho de menina …


Choro pela necessidade fatal de uma amizade a sério, pela falta de um carinho na face e pelas palavras de conforto que muitas vezes preciso.


Não digo que estou só no mundo, mas considero a solidão como uma parte integrante da minha vida.


Sou muitas vezes abalada pelo terror emocional do “se” e do “porquê”.


E se ?


Mas porquê ?


São perguntas constantes, impertinentes e aborrecidas. Não deveriam constar nas nossas bocas, e muito menos na curta vida que temos.


Mas continuei a procurar como se nada mais interessasse.


Fazem-me falta momentos felizes, com a sua intriga e mistério e que me apaixonem sem deixar a memória de uma lágrima.


Estou demasiado farta das vidas banais que por certo já apaixonaram muita gente, mas que a mim não comovem nem deixam vontade de viver.


Talvez um dia, a qualquer hora, ou qualquer instante apareça a oportunidade que anseio para uma vida perfeita ou simplesmente melhor …

Gabriela Silva 8ºB

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Escrevi a palavra...


quarta-feira, 6 de maio de 2009

Escrevi a palavra...


Os poemas que se seguem foram elaborados na sequência de uma aula sobre texto poético. Propus aos alunos que elaborassem um poema cujo primeiro verso fosse: "Escrevi a palavra...". Deste modo, foram criados vários poemas que publico hoje e outros que publicarei posteriormente, a fim de não se tornarem muito repetitivos.


Escrevi a palavra livro.
E, muito lentamente,
imagens e palavras

voaram pela sala.

Mergulhei suavemente no texto

e viajei no papel.
Provei o sabor agradável das letras
e, sobretudo…
voei, até aos confins do mundo
onde vive a imaginação!



Não era um livro igual aos outros
pois cada livro é um tesouro único
que fica guardado, para sempre
no espírito, na mente e no coração!


Ana Rita Jesus 8ºA



Escrevi a palavra borracha
e, sem mais demoras,
uma pequena borracha
apagou a dor,apagou as lágrimas,

apagou a lembrança,
apagou o ódio
e, também, a vingança.

Mas, distraída como era,

a borracha apagou também…
os sentimentos!
Assim, desapareceram também
os gritos, os sorrisos,
o sofrimento e a amizade!


Escrevi, então, a palavra lápis
e, como se nada se tivesse passado,

o sábio lápis reescreveu
todos aqueles desabafos e confusões.

Mas o lápis também era vítima
do seu ódio interior.
Então, substituiu a palavra ódio,

cheia de angústia e raiva,
pela palavra mais linda que conhecia:
a palavra Amor!


Inês Duarte 8ºC



Escrevi a palavra água
e comecei a pensar:
na minha vida,
nos meus sonhos,
na minha saúde,
na ansiedade que sinto…
por não poder praticar.

Aquilo que sei,
não cessa o impedimento.
A força da vontade,
essa é cada vez maior.
Vou conseguir!
Vou brilhar como uma estrela
NINGUÉM me vai parar!

A cura chegará e o desejo…
Realizar-se-á!

Patrícia Pinto 8ºC

sábado, 25 de abril de 2009

E assim Abril nasceu!



E de cada esquina nasceu uma vontade.
De cada peito brotou o último grito amordaçado.
Da união das vontades, sedentas do desejo de liberdade,
Explodiu a promessa de nunca mais retroceder.

Abril cresceu…amadureceu…
E, no Outono deste despotismo desmedido,
Cresce o joio que teima em estiolar essa esperança
Que em Abril nasceu!

Unamos as mãos…
Transformemos a vontade numa arma…
Amordacemos a determinação insana…
Dos que teimam em amordaçar Abril!

Maria Graça

domingo, 8 de março de 2009

Dia Internacional da Mulher

Imagem retirada da net


Hoje, comemora-se o Dia Internacional da Mulher mas, na minha perspectiva, tal celebração não faz muito sentido, porque o dia da mulher deve confundir-se com o dia do homem.

Ser mulher ou homem é um privilégio que nos foi dado por uma mulher e um homem, os nossos pais, com a condição prévia de sermos pessoas.

Assim, gostaria que todos sentíssemos este dia, apenas, como mais um dia importante nas nossas vidas, independentemente do sexo, porque o importante é sermos seres completos e, sobretudo, unirmo-nos através de uma enorme teia de afectos.

Sejamos seres únicos mas unidos num mundo melhor em que o respeito tenha uma função primordial!

Maria

sábado, 7 de março de 2009

Natureza de Encantar


O silêncio surdo que te acorda,
Olhar profundo de quem quer viver.
Desenho no ar que te faz elevar,
Vento suave que te leva a amar.
Olhar morto tocado num som amável,
Voar curto como um passo de gigante.

Verde da folha que tu preencheste.
Mão aberta tentando segurar o vento.
Cheiro do ar que gostas de respirar.
Frutos são como as algas do mar,
Tela em branco mas com desenhos no coração…

Inspiração vinda do fundo do solo,
Árvores como suporte de uma profissão.
Barbas brancas de uma vida longa,
E de muito aprender.
Cabelos louros como o sol de todos os dias,
Olhar fechado mas que diz todo.

Pele macia como as folhas d
a primavera,
Jogos de cores que animam a vida.
Vidas que se juntam no silêncio da união,
Enlace de cores que dão o sorriso sofrido ao pintor.

Som não esperado mas amado,
Cordas que dão o som;
São pássaros a cantar.
Piiuu! Piuuu!
O som do violino.

Mariana Laranjo , 8ºA

terça-feira, 3 de março de 2009

Quando o sonho se torna realidade!

Olhei à minha volta...

Ali estava eu, uma rapariga de catorze anos no meio de outras tantas mais velhas. Embora alta não o era assim tanto comparado com elas. Uma onda de nervos percorreu-me o corpo esguio de pele branca mas, ainda assim, avancei corajosamente para o bloco. Mal soou o apito mergulhei obedientemente e nadei, empurrando a água gelada com os meus braços e batendo com as pernas o mais que podia. Sou esguia mas ainda assim tenho força.

Mal acabei, olhei ansiosamente em volta e vi os meus pais a acenarem-me da bancada. Sorri-lhes e saí da água.

Tonta e sem forças, estiquei um dos meus braços finos e puxei uma cadeira. Deixei-me cair... todo o meu corpo tremia, mas agora de frio. Orgulhosa, não pedi ajuda e por isso fiquei ali sentada, perscrutando tudo à minha volta... absorvendo o que via com os meus olhos verdes, já com os óculos colocados, até sentir forças outra vez.

A curiosidade que senti venceu o medo de falhar, por isso levantei-me, ajeitei o cabelo castanho, e dirigi-me ao meu treinador. Perspicaz, percebi, de imediato, que tinha conseguido... estava-lhe estampado no rosto. Fiquei muitíssimo feliz. Trabalhara arduamente para alcançar os meus objectivos e jamais iria desistir. Sou assim:

TEIMOSA!.


texto e imagem de Ana Jesus 8ºA




sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

A Tartaruga Joana







Era uma vez a Tartaruga Joana que andava sempre triste e solitária.



O Sapo Sapinhas, que era o rei da diversão do bosque, queria animá-la e tanto pensou até que resolveu ir falar com a Coruja.


- Bom dia Dª Coruja! Preciso da sua ajuda.


- Bom dia! Estou ao ser dispor… – exclamou a coruja.


- Sabe, a Tartaruga anda triste e eu queria fazer-lhe uma festa de aniversário, visto que está quase a fazer anos.


- Que boa ideia, Sr. Sapinhas! Vamos já começar a organizar tudo.


Reuniram todos os seus amigos mais a família da Tartaruga e informaram que iam festejar o aniversário da Joana, mas que era surpresa. Todos os animais concordaram e, de repente, ouviu-se uma voz muito fininha.


- Mas as festas não são para as pessoas? – perguntou a Joaninha Carolina.


- Não, nós também temos direito a divertimo-nos – informou o Sapo, que tinha sempre uma resposta pronta.


Dividiram as tarefas para organizar a festa e para nada sair furado.
Chegou o grande dia. Na casa do Sr. Sapo Sapinhas, era uma grande confusão. As formigas em fila transportavam a comida.

A cigarra afinava a sua guitarra, o papagaio a sua voz. As joaninhas davam os últimos retoques na sua dança.


De repente o Sapo, muito contente, exclamou:


- A música está perfeita. Joaninhas a dança está óptima, vocês parecem balões a bailar.


- Silencio! Não façam barulho, a Joana está a chegar. – avisou a DªCoruja.


A Tartaruga chegou e todos disseram em coro:


- Parabéns!!!!


Ela, como os olhos cheios de alegria, agradeceu.


- Muitos parabéns! Este é sem dúvida o melhor presente que me podiam dar.


- Presente?! – ouviu-se uma voz do fundo dizer.



- Sim, a união e o convívio com vocês.
Mariana Laranjo 8ºA

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Amigo é...


O bem mais precioso das nossas vidas.
O melhor que podemos ter.
Algo que não se esquece nunca!

A chave para os nossos problemas.
Lembrança guardada com carinho e ternura.
Um conselheiro nas nossas vidas!

Algo que não se pode largar num momento.
Chave que abre as portas da nossa felicidade.
Cofre guardado que nem todos encontram.

O único tesouro que nos enriquece alma e coração!

Patrícia Pinto 8º C

Quando olho para trás...







Quando olho para trás e me apercebo que deixei de amar, sinto tristeza, um langor parvo de heroína romântica que viveu tudo cedo demais, depressa demais, cansei-me da vida, quando ia só a metade!

Vivíamos na terra do nunca… onde não se cresce para não se morrer! Ele ria-se e emprestava-me a melancolia lancinante de uma fada ciumenta. Esta era a personagem que me era dada e eu só tinha que ensaiar e fazer o melhor! A personagem consistia numa mulher de carne e instinto… Uma predadora que gosta de jogar às presas que se deixam apanhar…!

Eu quero aquele rapaz por ser ele, com tudo o que o constrói. Apetecia-me beijá-lo devagar, sentir e perder-me nos seus beijos…descobrir tudo o que ele traz escondido e me faz sorrir!...

Um dia, andávamos juntos numa rua cheia de gente, quando ele pegou na minha mão e, ao som da música que passava no café, dançou comigo. Hoje, se ele não me desse a mão, eu certamente teria caminhado para a sombra, na luta com os meus próprios demónios… Disso tenho a certeza!

O que farias se descobrisses que o Mundo nunca muda…ou, pelo menos, como tu queres?

Carolina Frias 8º B

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

O Primeiro Dia



A principio é simples, anda-se sózinho
passa-se nas ruas bem devagarinho
está-se bem no silêncio e no burburinho
bebe-se as certezas num copo de vinho
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida.
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida

Sérgio Godinho

Meus queridos, o caminho está aberto. Agora, criem asas e voem desbravando esses mundos que vocês teimam em esconder. Eu estarei aqui e naquele outro espaço onde nos conhecemos.
Força!

Maria